As diferenças entre hormônios sintéticos e bioidênticos são pouco conhecidas até mesmo entre profissionais de saúde.
É muito comum receber pacientes que, à altura da menopausa, fiquem resistentes à reposição hormonal, que muito pode auxiliar em termos de saúde e qualidade de vida.
Entendo que esse desconhecimento sobre os hormônios sejam especialmente devido à confusão entre hormônios sintéticos e bioidênticos.
Para esclarecer esse assunto, trago neste artigo as principais diferenças entre eles.
As estruturas dos hormônios
Cada hormônio conta com a sua estrutura específica a fim de ser atraído pelos receptores das células e executarem as suas funções. Seja de dar energia, proporcionar atenção, libido… As ações dos hormônios convertem-se em sensações para o organismo.
Além disso, essa produção hormonal atua em uma cascata, onde a falta de um pode significar que outros tantos serão produzidos em menor escala.
Antes de falarmos em hormônios sintéticos e bioidênticos, precisamos falar nos hormônios naturais, que são aqueles já produzidos naturalmente pelo organismo.
No entanto, com o decorrer dos anos, a produção dos hormônios diminui consideravelmente. O que explica isso é a própria linha do tempo do ser humano.
Temos períodos para nascer, desenvolver, reproduzir e morrer.
Quando passamos dos 30 anos, a natureza entende que já nos reproduzimos e, logo, a produção hormonal tende a decair.
Por esse motivo, existem tantas mudanças hormonais na menopausa.
Porém, o aumento da expectativa de vida das pessoas pode levar à necessidade de repor alguns hormônios.
Esses hormônios atuam como chaves, ligando-se às células e exercendo as suas funções de mensageiros químicos.
O problema dos hormônios sintéticos
Como o funcionamento das células são controlados pelos hormônios, é importante que liguem-se adequadamente às respectivas fechaduras.
Caso seja um pouco diferente, não será capaz de exercer as suas funções adequadamente.
É comum ver indivíduos iludidos pelas promessas de hormônios sintéticos em fazer aumentar milagrosamente a massa muscular.
Mal sabem que estão causando um grande mal ao seu organismo. Afinal, estão inflando o corpo de hormônios sintéticos que em nada favorecem o equilíbrio entre os sistemas.
O mesmo serve para alguns hormônios administrados ao longo do ciclo feminino, como os anticoncepcionais orais e outros chamados de Terapia de Reposição Hormonal – TRH.
Eles não são similares em sua estrutura, mas são atraídos pelas células.
Não é por acaso que o uso de hormônios sintéticos podem levar a efeitos colaterais indesejados como náuseas, inchaços, alterações nos níveis de colesterol ate desenvolvimento de doenças como o câncer.
A chave dos hormônios sintéticos utilizados para reposição hormonal pode deixar a porta aberta por muito tempo ou até, fechá-las precocemente, afinal, eles são preparações quimicamente artificiais que imitam os hormônio naturais do organismo.
Como agem os hormônios bioidênticos?
Diferente dos hormônios sintéticos, os hormônios bioidênticos possuem a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano.
Assim, atuam de forma mais natural no organismo, que o aceita com mais facilidade, promovendo resultados melhores!
No caso, são as chaves que se encaixam melhor nas fechaduras das células.
É por isso que, na maioria das vezes em que ouvimos que a reposição hormonal trouxe algum problema, provavelmente, a questão foi o uso do hormônio sintético.
Se você está na menopausa e está avaliando a possibilidade de fazer uma reposição hormonal, converse com o seu médico para que juntos vocês possam encontrar a alternativa mais saudável.
Espero que este artigo esclareça as diferenças entre hormônios sintéticos e bioidênticos.